Antibióticos “toxina”

Seriam mais eficazes

Antibióticos “toxina”
A bactéria Streptococcus pyogenes é extremamente virulenta

Antibióticos
Cérebros antibióticos
Dar-lhes para as bactérias que nos adoecem uma colher de sopa de sua própria medicina, ou, neste caso, de sua própria toxina, e acabar com elas. Uma pesquisa publicada na revista Structure abre assim o caminho para o desenvolvimento de novos antibióticos mais eficazes.
Muitos tipos de bactérias atacam-nos com toxinas criadas para sequestrar ou matar as células do hospedeiro. As bactérias podem ser danificados por essas toxinas, mas não acontece, porque dispõem de mecanismos de auto-proteção. Os responsáveis do estudo, liderados por Craig L. Smith, um pesquisador pós-doc da Escola Universitária de Medicina em Saint Louis (Washington), descreveram um destes mecanismos e acreditam que ela pode ser usada para encontrar uma maneira de desativá-lo.
Os cientistas determinaram as estruturas de uma toxina, e também o Streptococcus pyogenes, uma bactéria comum que causa várias infecções, a partir de inflamação de garganta a outras que podem ser fatais, como a febre reumática. O estreptococo, e também se liga à toxina em uma forma que a mantém inativa. Se não existisse essa também, a bactéria é mataria a si mesma, diz Smith.
A equipe de Smith descobriu que, apesar de também não se relaciona, muda de forma. Como se vê na imagem, a toxina SPN do Streptococcus pyogenes (em roxo) é inibida pela antitoxina IFS (em laranja), mas sua forma é diferente, se está ligada ou separada. A idéia seria, portanto, forçar a IFS para estar livre para atacar a bactéria.

“É o calcanhar de Aquiles que gostaríamos de explorar, e que poderia servir para criar um medicamento que estabilize a forma inativa do mecanismo imunológico para liberar a toxina da bactéria”, segundo Thomas E. Ellenberger, outro dos autores do estudo.

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